As autoridades indianas continuam a investigação sobre o trágico acidente aéreo com o Boeing 787 da Air India, ocorrido a 12 de junho de 2025, na cidade de Ahmedabad, no noroeste da Índia. O desastre causou a morte de 260 pessoas, incluindo 241 passageiros e tripulantes, e 19 pessoas em solo. A hipótese de sabotagem está entre as linhas de investigação consideradas pelas autoridades.

O que aconteceu?

O voo AI 171, operado por um Boeing 787-8 Dreamliner, partiu do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel com destino a Londres. Poucos segundos após a descolagem, a aeronave perdeu altitude e caiu sobre um edifício residencial perto de um alojamento estudantil da BJ Medical College. Este é o primeiro acidente fatal com um Dreamliner desde a sua introdução em 2011.

De acordo com o Washington Post, a RAT (ram air turbine) foi ativada automaticamente, o que indica falha crítica de sistemas principais. Especialistas sugerem que houve colapso simultâneo de motores ou falha eléctrica generalizada.

Investigação em curso

A investigação está a ser liderada pela AAIB da Índia (Aircraft Accident Investigation Bureau), com apoio do NTSB dos Estados Unidos e da AAIB do Reino Unido. As caixas-pretas foram recuperadas e estão a ser analisadas em laboratórios recém-inaugurados em Nova Deli.

Apesar do interesse da ICAO em participar como observadora, a Índia recusou a sua entrada, conforme noticiado pela Reuters. O Ministério da Aviação Civil da Índia garantiu que o processo está a ser conduzido com total transparência.

Sabotagem não é descartada

Segundo o jornal britânico The Independent, a possibilidade de sabotagem está a ser considerada seriamente (leia aqui). Fontes revelaram que algumas peças do avião estavam com sinais de manipulação. No entanto, ainda não há provas conclusivas.

No portal Aviação Segura, pode-se acompanhar análises técnicas sobre possíveis falhas de manutenção ou erro humano que também estão a ser apuradas.

Impacto para a Air India e Boeing

A Air India suspendeu mais de 80 voos internacionais para realizar inspeções na sua frota de Boeing 787. A empresa afirma que não foram detectadas falhas até ao momento. A fabricante Boeing viu as suas ações caírem após o acidente, aumentando a pressão sobre a sua reputação já fragilizada pelos incidentes com o modelo 737 MAX (Barron's).

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