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As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) permanecem num estado económico-financeiro crítico, marcado por um elevado nível de endividamento, custos operacionais insustentáveis e dificuldades de negociação em mercados internacionais.

A avaliação foi feita pela primeira-ministra Maria Benvinda Levi, durante uma sessão de informação governamental na Assembleia da República.

“Nestes moldes, a LAM não tem prestígio para negociar contratos em condições mais vantajosas, o que condiciona directamente a sua produtividade”, afirmou a governante, sublinhando a gravidade da situação da transportadora aérea nacional."

Maria Benvinda Levi


Como resposta à crise, o Governo decidiu não optar pela privatização nem pelo recurso ao endividamento bancário. Em vez disso, anunciou uma injecção de capital público, com fundos provenientes de empresas estatais como a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a EMOSE.

Este financiamento visa a aquisição de oito novas aeronaves e o início de um processo de reestruturação urgente da LAM. Para mais detalhes sobre o plano de reestruturação, consulte a nossa análise da reestruturação da LAM.

Durante a mesma sessão, Levi abordou ainda o impacto económico das manifestações violentas ocorridas entre Outubro de 2024 e Janeiro de 2025, que causaram prejuízos superiores a 32,2 mil milhões de meticais e resultaram em cerca de 50 mil desempregados.

O crescimento económico no último trimestre de 2024 registou uma contracção de -4,87%, agravando o cenário macroeconómico nacional.

A primeira-ministra destacou também os efeitos devastadores dos ciclones Chido, Dilekeledi e Jude, que afectaram mais de 1,7 milhões de pessoas, provocaram 178 mortes e destruíram infraestruturas e culturas agrícolas em diversas províncias do país. Para mais informações sobre catástrofes naturais, visite o site do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).

Em resposta, o Governo lançou uma linha de crédito bonificada no valor de 10 mil milhões de meticais e operacionalizou o Fundo de Recuperação Empresarial, com apoio do Banco Mundial, no montante de 300 milhões de meticais.

Apesar de todos os desafios, o Executivo reafirma o seu compromisso com a recuperação económica do país e a preservação dos postos de trabalho. Veja também o nosso artigo sobre medidas governamentais para estabilizar a economia.

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